Manifesto pede ao Governo para “cortar no monstro eléctrico” criado por Sócrates

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A EDP Renováveis aumentou produção em 2014 Paulo Pimenta

Cerca de 50 personalidades ligadas à energia defendem uma mudança radical das políticas do sector, e pedem uma análise à introdulção da energia nuclear.

Num manifesto a que a Lusa teve acesso, os signatários referem que há que tomar decisões fortes para que não exista “um aumento brutal das tarifas” de electricidade no próximo ano, em consequência da política seguida pelo Governo de José Sócrates.

Põem também em cima da mesa a possibilidade de se analisar a introdução da produção de energia nuclear em Portugal. “Não há nenhuma razão técnica para que em Portugal não se considere a análise da energia nuclear no estudo das diversas opções possíveis para a produção da energia eléctrica”, afirmam os signatários.

Adiantam ainda que a mudança de Governo entretanto ocorrida levou a que fosse preparado “um novo documento, que pretende abordar uma incontestável ameaça para as contas nacionais, designadamente a factura decorrente da elevada dependência energética do país”.

O manifesto, que é apresentado hoje em Lisboa, conta, entre várias personalidades, com Alexandre Relvas, António Cardoso e Cunha, Francisco Van Zeller, Henrique Neto, João Salgueiro, Borges Gouveia, José Ribeiro e Castro, José Veiga Simão, Mira Amaral, Valente de Oliveira, Miguel beleza, Miguel Cadilhe, Patrick Monteiro de Barros e Pedro Sampaio Nunes. Este manifesto segue-se a um primeiro apresentado a 7 de Abril de 2010 e um segundo divulgado a 12 de Abril de 2011.

Os signatários manifestam a sua preocupação pelos sobrecustos “impostos aos consumidores domésticos com a política de promoção das energias renováveis intermitentes”, os quais “nos últimos cinco anos somaram mais de 7000 milhões de euros e ameaçam levar a um aumento brutal das tarifas no próximo ano”.

As personalidades envolvidas consideram que a política energética levada a cabo na última década, de aposta nas renováveis, foi “profundamente errada” e que actualmente é necessária “uma reformatação do sector eléctrico”, mostrando-se disponíveis para dar o seu contributo junto do Governo.

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