Adene contabiliza uma poupança energética de 350 milhões de euros em importações

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Adene é a entidade que gere a certificação energética dos edifícios Nuno Ferreira dos Santos

Portugal regista uma poupança anual de 350 milhões de euros na fatura energética com o exterior, tendo ultrapassado os objectivos de eficiência energética em 2010, revelou a Agência para a Energia (ADENE) em comunicado.

A ADENE refere que Portugal ultrapassou os objectivos em eficiência energética para 2010, tendo também cumprido 37 por cento das metas estabelecidas para 2015 no Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE).

A eficiência energética “equivale a uma redução de 4,9 milhões de barris de petróleo, o que, a preços correntes, significa uma economia anual superior a 350 milhões de euros na factura energética com o exterior”.

“O valor da eficiência energética alcançado foi de 657 mil toneladas equivalentes de petróleo, uma economia de dimensão sensivelmente idêntica ao consumo estimado de combustíveis na auto-estrada entre Lisboa e o Porto, durante dois anos”, explicita a Agência.

No entanto, a área do Estado precisa de “uma dinâmica mais forte e efectiva, registando pouco mais de 10 mil toneladas equivalentes de petróleo contabilizadas”. Outra área com um nível de execução abaixo dos objectivos é a de comportamentos sociais, com apenas 28 mil toneladas equivalentes de petróleo.

“Para melhorar estes valores e promover a eficiência energética no Estado, está em execução o programa Eco.ap, que visa aumentar em 20 por cento a eficiência energética na Administração Pública”, acrescenta ainda a nota.

Ainda assim, de acordo com a ADENE, “os portugueses estão mais sensíveis para as questões da eficiência energética nos seus edifícios de residência e trabalho e utilizam mais e melhor os transportes públicos”.

Também na indústria energeticamente mais intensiva registam-se já “bons resultados decorrentes das medidas de eficiência implementadas”, assegura a Agência.

A área residencial e de serviços é a que apresenta melhores taxas de execução, apresentando “uma excelente performance nos programas de renovação de iluminação e equipamentos, energia solar e certificação energética de edifícios”.

Na área de transportes, a ADENE destaca o programa de mobilidade urbana, que registou um “incremento nos índices de utilização de transportes públicos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”, o que se deve ao desenvolvimento das redes de metro nestas duas cidades.

No transporte de passageiros, o programa Mobi.E (carro eléctrico) é um exemplo “pioneiro”, tendo Portugal uma rede de pontos de carregamento deste veículo de transporte “à escala nacional”.

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